Em uma época, sem recursos, atendimento médico, utilizava-se rezas, chás e benzições. Muitos preferiam procurar um pajé, benzedeira, bruxa, do que um “físico” como eram chamados os médicos. Dona Chiquita que infelizmente não está mais entre nós foi um grande personagem no meio da bemzição rezas e herbalismo, em Passagem de Mariana . Fazia parte da realidade do povo várias superstições para cuidar da saúde, tanto para curar como para evitar doenças.Ainda considera-se atribuição a determinados santos certas especia- lidades médicas, por exemplo, Santa Luzia cuida dos olhos, São Brás da garganta, São Longuinho da memória, etc.
Como também tem o santo certo para cada pedido, Santo Antônio para casar, São Pedro para entrar no céu, Santa Bárbara para chuva e raios, a lista é longa.
Os nomes muitas vezes são escolhidos olhando o santo do dia. Por exemplo, consulte a Folhinha de Mariana pra ver qual é o santo do dia que você nasceu, e assim eram escolhidos muitos nomes. Ainda temos as ervas, chás e unguentos para cada coisa, por exemplo a arruda serve para espantar mau olhado ou olho gordo, mas serve também para espantar ratos e insetos.
Além disso existiam o costume do sétimo filho ser enviado para o se- minário estudar para ser padre, senão ia virar lobisomem. E se alguma mulher se envolvesse com um padre iria virar mula-sem-cabeça.Somos herdeiros desse amalgama cultural e com as superstições vieram os medos para botar ordem na casa.
Mas até que ponto eram superstições as manifestações consideradas sobrenaturais? As assombrações povoam os medos das pessoas e muitos as veem atra- vessando paredes, fazendo barulhos, iluminando a noite.Arte Dona Chiquita reprodução redes sociais
Publicado em: 09/08/24